31.7.09

 

INVERNO

Era madrugada, já.
Só se ouvia o crepitar do fogo na lareira que num esforço imenso tentava aquecer a sala.
O silêncio era ensurdecedor, apenas quebrado pelo som da nossa respiração.
Suspirei.
Os nossos olhares cruzaram-se no vazio que se abria entre nós. A minha boca abriu-se num esgar, mas as palavras morreram-me nos lábios.
Deixei-me escorregar pelo sofá.
Foste até junto do fogo, em movimentos lentos e compassados.
Olhaste para mim, calmamente vieste na minha direcção.
Fechei os olhos e imaginei as tuas mãos a percorrerem o meu corpo, tacteando, os teus lábios grossos, quentes, colados aos meus.
Passaste ao meu lado e continuaste a andar.
Inspirei profundamente, tentando acalmar o crescendo de agonia e pânico.
O silêncio foi quebrado.
“Os contos tristes preferem o Inverno.”
Era uma despedida.





 
Um casamento feliz exige que nos apaixonemos muitas vezes e sempre pela mesma pessoa.

29.7.09

 
Este é o refrão:
I believe in second chances
I believe in angels, too
I believe in new romances
Baby, I believe in you
These cloudy days are coming to an end
And you don’t have to be afraid to fall in love again

Esta é a minha versão:
Eu acredito em segundas chances
Eu acredito em Anjos, também
Eu acredito em novos romances
Mas eu já não acredito em ti.

Estes dias de nevoeiro estão a chegar ao fim
E não temos que ter medo de nos apaixonar novamente.

 
Acho sempre que o tempo passa a correr.
Nunca tenho tempo para fazer o que quero, o dia acaba num instante.
As horas livres são tão poucas que na realidade nem me apercebo que as tenho.
Todos os dias acordo com vontade que seja fim-de-semana.
Hoje ao despertar foi exactamente esse o meu pensamento "nunca mais é sábado", para logo de imediato em dar conta de que todos os dias quero que seja sábado, e é por isso que o tempo para mim passa tão depressa.
De repente é Natal, sem dar conta tenho mais um ano e o verão à porta.
Tenho passado demasiado tempo a adiar. É sempre "a partir de..." começo qualquer coisa.
Claro que nunca começo, e portanto nunca acabo.
Isto é como as dietas, ficam sempre a partir da próxima 2ª feira. Ou melhor, aqueles desejos de fim de ano " a partir do dia 1..."
O tempo passa e a nossa vida é sempre adiada, esta é a minha sensação.
Se tivesse direito a 1 desejo apenas, e apenas só 1, voltava a Maio de 1999 e fazia tudo completamente diferente.

28.7.09

 
Já não tenho 20 anos.
Já não peso 50 kg.
Já não estou no mercado.

 

A mente é muito traiçoeira.
Sem querer dou comigo a pensar. A pensar em mil situações.
Será um filme?
Dou comigo a pensar no que foi e no que é. Aquilo que era e no que se tornou.
Serão verdades? Serão mentiras?
É como se de repente tudo deixasse de fazer sentido, ou então tudo começasse a fazer sentido.
Será que faz? Ou serei eu que estou a dar um sentido àquilo que não se sente?
Não consigo evitar os meus pensamentos.
Era uma vez um menino e uma menina.
E depois? Uma e outra vez, um menino e uma menina, ou não?
Será verdade ou mentira? Existe ou não?
O silêncio propicia este tipo de pensamentos.
O menino e a menina já não dão as mãos.
Era uma vez uma história. E como todas as histórias chegou ao fim.

Agora é só uma estória.

27.7.09

 
Há vozes muito irritantes e a do meu chefe é uma delas.
É nasalada, tipo corneta.

Blharrrc

annoying

24.7.09

 
Estou cá com uma sensação que o perfume que pus hoje é de homem.

 

Está para nascer ...

... Mas graças à lei de despenalização do aborto que o governo do Sr. Eng. aprovou pode ser que nem venha a nascer.
É que a bem da verdade, um já é mau, então se aparece um segundo em versão melhorada... é péssimo.

Com que então o Sr. Eng. acha que fez muito pelo défice? Pois não tenha dúvidas que tem feito IMENSO, e olhe que não foi só enquanto PM.

Senão vejamos alguns exemplos:

Curso de Sócrates: mais suspeitas
Relatório do Ministério mostra que em 1996 não houve diplomados


Charles Smith chama corrupto a Sócrates




Já tirava uma férias, não acha?

23.7.09

 

No More Cloudy Days





Sitting by a foggy window
Staring at the pouring rain
Falling down like lonely teardrops
Memories of love in vain

These cloudy days, make you wanna cry
It breaks your heart when someone leaves and you don’t know why

I can see that you’ve been hurting, baby I’ve been lonely too
I’ve been out here lost and searching, looking for a girl like you
Now I believe the sun is gonna shine
Don’t you be afraid to love again, put your hand in mine…

Baby, I would never make you cry
I would never make you blue
I would never let you down
I would never be untrue

I know a place where we can go where true love always stays
There’s no more stormy nights, no more cloudy days

I believe in second chances
I believe in angels, too
I believe in new romances
Baby, I believe in you
These cloudy days are coming to an end
And you don’t have to be afraid to fall in love again

Baby, I would never make you cry
I would never make you blue
I would never turn away
I would never be untrue
I know a place where we can go where true love always stays
There’s no more stormy nights, no more cloudy days

 

I Can't Tell You Why





Look at us baby, up all night
Tearing our love apart
Aren't we the same two people who live
through years in the dark?
Ahh...
Every time I try to walk away
Something makes me turn around and stay
And I can't tell you why

When we get crazy,
it just ain't to right,
(try to keep you head, little girl)
Girl, I get lonely, too
You don't have to worry
Just hold on tight
(don't get caught in your little world)
'Cause I love you
Nothing's wrong as far as I can see
We make it harder than it has to be
and I can't tell you why
no, baby, I can't tell you why
I can't tell you why
No, no, baby, I can't tell you why
I can't tell you why
I can't tell you why

22.7.09

 
Hoje, "obrigada" a contar o nº chamadas telefónicas que cada cartão de telemóvel faz, para cada rede, é assim que me sinto.... "encostada".

Estou triste!!

 

Empregado está há 17 anos na "prateleira"

2008-10-13

"Já não tens lugar nesta empresa, resta-te o vão de escada". As palavras do administrador continuam vivas na memória do ex-director financeiro como se não tivessem passado 17 anos. Sem tarefas atribuídas, continua a cumprir horário e a enfrentar os colegas, para quem é apenas "o funcionário na prateleira".
Estava há 11 anos num cargo de direcção de uma conhecida empresa portuguesa de construção civil quando foi chamado ao gabinete do administrador. O superior hierárquico disse-lhe que era "personna non grata" e propôs-lhe a rescisão de contrato. Nesse dia, Rui (nome fictício) percebeu que a sua carreira tinha acabado.
"Foi em 1991 que a brutalidade começou. O administrador chamou-me e disse-me 'já não tens lugar nesta empresa, resta-te o vão de escadas'", recorda.
Primeiro, tiraram-lhe o cargo de chefia. Depois passou a responder a ordens num departamento de contabilidade. Quando a empresa mudou de instalações, ficou na velha moradia arrendada, "sem funções e isolado": "Sentia-me diminuído, foi uma experiência extremamente dolorosa de ostracismo".
Mais tarde passou para uma sala gigante com várias secretárias e computadores, "o departamento dos escriturários", onde jovens trabalhavam freneticamente enquanto ele aguardava ordens, que surgiam muito esporadicamente.
"Davam-me funções menores, que eu me recusava a fazer por não serem adequadas à minha categoria e experiência profissional. Faziam-no para me poderem acusar de não cumprir ordens". Mas a situação agravou-se ainda mais em 1997, ano em que deixaram de lhe atribuir tarefas.
Quando a administração decidiu substituir o equipamento informático obsoleto, deu ordens para que não se mexesse na secretária de Rui. Na sala, a mesa do ex-director distingue-se bem: entre modernos computadores, está a velhinha máquina, "muito mais antiga e ultrapassada".
Matou o tempo a estudar e já é mestre
Obrigado a cumprir o horário, Rui arranjou forma de não enlouquecer. Começou por tirar uma pós-graduação, estudou para o mestrado, que entretanto concluiu com êxito, e agora já está na fase final do doutoramento. É também na secretária da empresa que muitas vezes prepara as aulas que lecciona num instituto politécnico.
Mas não é de ânimo leve que conta a sua história. São 17 anos a trabalhar para uma empresa que, segundo o próprio, quer o seu "desgaste e achincalhamento para que aceite uma rescisão".
E nem a relação com os colegas ajuda: "Estou diminuído em termos de capacidade profissional, sinto um certo complexo a nível de relacionamento com os outros pelo facto de toda a gente saber que estou na prateleira".
"Acho que isto é um crime pessoal, é um atentado à dignidade da pessoa".

Rui tinha apenas 44 anos quando tudo começou.

16.7.09

 

Nos afilamentos das alâmpadas













Mas que raio de evolução....
Com o passar dos anos nós vamo-nos aperfeiçoando, o estilo, o penteado, a maneira de estar, de falar, a postura, essas coisas.
Mas este senhor já era piroso em 1986, e continua piroso em 2009.
http://www.imeem.com/mariaarvore/music/nEoHfs0H/fernando_pereira_afilamentos_das_almpadas/


 

Miguel Sousa Tavares - 29 de Junho de 2009

8:00 Segunda-feira, 29 de Jun de 2009

Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa.
Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma.
Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis.

Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc.
- respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos... Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km. Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim. Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa. - Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento.
E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

Quando a última árvore tiver caído,
Quando o último rio tiver secado,
Quando o último peixe for pescado,
Vocês vão entender que o dinheiro não se come.
(Greenpeace)

9.7.09

 

Era disto que eu precisava hoje...

http://sorisomail.com/email/2653/que-ganda-moca.html

...uma grande moca e sentir-me engraçada!

 

ASSUNTO: Pedido de esclarecimento

Recebi um email com o assunto supra, só espero que o português não tenha memória curta.


Exmos senhores directores dos jornais
CORREIO DA MANHÃ
e
24 HORAS

Reportando-me às notícias publicadas pelos jornais em epígrafe, em 31.01.2009, sobre o processo FREEPORT, venho pedir-vos que me esclarecessem, pois que, com os elementos
facultados, a confusão é enorme.
Refiro-me à mãe do sr 1º ministro, D. MARIA ADELAIDE DE CARVALHO MONTEIRO.
- Divorciada nos anos 60 de Fernando Pinto de Sousa, “viveu modestamente em Cascais
como empregada doméstica, tricotando botinhas e cachecóis…”.(Jornal 24 Horas)
Admitamos que, na sequência do divórcio ficou com o chalet (r/c e 1º andar) cuja fotografia
se reproduz (Correio da Manhã).
Admitamos ainda, que em 1998, altura em que comprou o apartamento na Rua Braamcamp,
o fez com o produto da venda da vivenda referida, feita nesse mesmo ano de
1998.
Ainda nesse mesmo ano, declarou às Finanças um rendimento anual inferior a 250€.
(Correio da Manhã), o que pressupõe não ter qualquer pensão de valor superior, nem da
Segurança Social nem da CGA.
Entretanto morre-lhe o pai (Júlio Araújo Monteiro) que lhe deixa “uma pequena fortuna,
de cujos rendimentos em parte vive hoje” (24 Horas).
Porque neste momento, aufere do Instituto Financeiro da Segurança Social (organismo
público que faz a gestão do orçamento da Segurança Social) uma pensão superior a
3.000€ (Correio da Manhã), seria lícito deduzir – caso não tivesse tido outro emprego a
partir dos 65 anos - que, considerando a idade normal para a pensão de 65 anos, a
mesma lhe teria sido concedida em 1996 (1931+ 65).
Só que, por que em 1998 a dita pensão não consta dos seus rendimentos, forçoso será
considerar que a partir desse mesmo ano (1998) desempenhou um lugar que acabou por
lhe garantir uma pensão de (vamos por baixo) 3.000€.
Abstraindo a aplicação da esdrúxula forma de cálculo actual, a pensão teria sido calculada
sobre os 10 melhores anos de 15 anos de contribuições, com um valor de 2%/ano e
uma taxa global de pensão de 80% .
Porque a “pequena fortuna” não conta para a pensão;
porque o I.F.S.S. não funciona como entidade bancária que paga dividendos face a
investimentos ali feitos (depósitos);
porque em 1998 o seu rendimento foi de 250€;
para poder usufruir em 2008 uma pensão de 3.000€, será porque (ainda que considerando que já
descontava para a Segurança Social como empregada doméstica e perfez os 15 anos para poder ter direito a pensão),
durante o período (pós 1998), nos ditos melhores 10 anos, a remuneração mensal foi tal
que deu uma média de 3.750/mês para efeitos do cálculo da pensão final.
(3.750x80%=3.000).
Ora, como uma pensão de 3.000€ não se identifica com os “rendimentos “ provenientes
da pequena fortuna do pai, a senhora tem uma pensão acrescida de outros rendimentos.
Como em nenhum dos jornais se fala em habilitações que a senhora tenha adquirido,
que lhe permitisse ultrapassar o tal serviço doméstico remunerado, parece poder
depreender-se que as habilitações que tinha nos anos 60 eram as mesmas que tinha
quando ocupou o tal lugar que lhe rendeu os ditos 3.750€/mês.
Será possível que informem quais foram as funções desempenhadas pela referida
Senhora, que lhe permitem agora receber tal pensão?
Eu só queria entender.


Parece que depois o assunto referente aos redimentos foi esclarecido, fica no entanto a dúvida "como é que a dita senhora conseguiu comprar o imóvel e sem recorrer a crédito"?

Será que alguma vez se irão resolver, nem que seja apenas um, os casos estranhos que correm nos tribunais?

7.7.09

 

Smarties ou Pintarolas?



 

Toca a acordar

O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.

Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).

Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.

Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego.

Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.

Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made inDenmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL..

Talvez este mail devesse ser enviado às empresas e aos consumidores portugueses.


O Ministério da Economia de Espanha (Aquele país aqui ao lado que também tá em crise) estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria não sei quantos postos de trabalho.

Já era tempo de abrir os olhos, ou não?

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