22.6.09

 

E se a cabra suicida fosse eu?

Quantas vezes ouvimos histórias de maridos/mulheres mal amado/as?

A fidelidade não faz parte da natureza humana, aliás, dizem os estúdiosos que a única espécie completamente monogâmica é a ameba “Dilozo Paradoxum”, macho e fêmea encontram-se, ainda jovens, e os seus corpos fundem-se, literalmente, num só e a partir daí passam a ser fiéis até que a morte os separe, neste caso a morte coincide com a morte do peixe que os abriga.

Quantas histórias se contam para se conseguir o que se quer? E o que se quer geralmente é dar uma cambalhota com alguém que nos aguça o apetite em determinado momento.

As mulheres nestas cosias são muito práticas e decididas. Se há alguém que as atrai fazem a chamada “dança do acasalamento”, que consistem em pequenas coisas, muito subtis, como:
- mudar o penteado;
- vestir roupas sensuais;
- risinhos;
- pequenos toques ao de leve;
- olhares fugidios, como que a mostrar algum embaraço ou vergonha;
- passeia-se discretamente (mas sem ser discreta)

Já o homem não. O homem vai sempre por caminhos obscuros, como:
- acusa a mulher de falta de sexo;
- mostra-se preso num casamento infeliz;
- faz elogios à beleza, inteligência;
- lamenta que não haja ninguém que nos faça feliz como merecemos

Etc, etc.

Claro que resulta com a grande maioria das mulheres, e por isso é frequente sabermos de alguém que está com um homem casado, que é um coitadinho, porque a mulher não o ama, porque a mulher o ameaça com o suicídio, porque isto e aquilo; quando na verdade o que se passa é que os homens não têm tomates para dizer que chegou ao fim, porque não querem e têm medo de ficar sozinhos, porque a segurança do casamento quer dizer: cama, comida e roupa lavada sem eu ter que me preocupar, nem voltar para a casa da mamã, é muito boa e por isso só deixam a mulher quando há uma garantia da outra parte.

Claro que nem todos são, foram ou vão ser infiéis, mas a maioria sim, já foi, é ou vai ser. Eles e Elas.

E porquê? Porque a rotina cansa. Porque comer todos os dias bife com batatas fritas enjoa.
Ok, ok, lá em casa não é bife com batata frita, mas é um Gnocchi de requeijão, crocante de presunto e cebola gratinada, sim, claro, na minha também... mas isso não quer dizer que um dia não apeteça uma perna de frango assado, ou um bitoque com bife a cavalo.
Mas será a fidelidade assim tão importante? Ou é mais importante a sinceridade?

Comments:
Eu sou uma mulher muito mal amada.
Acredito na fidelidade, se não o quisermos ser, a única coisa digna a fazer é sair da relação e dar chance ao outro de arranjar alguém para ser feliz. Porque aqueles que mantém um casamento por fachada, ou por causa de dinheiros ou filhos, são pessoas cruéis e sem dignidade nenhuma. Bem isto é uma conversa longa depois falamos.

Beijos
 
Belo post, sobre uma temática nada fácil.

Eu responderia assim: quantos (homens ou mulheres) valorizariam e aceitariam um acto de sinceridade que lhe trouxesse associado uma informação de infidelidade?

As pessoas brandem a sinceridade dos outros como uma virtude, regra geral, quando a mesma não lhes trás dissabores. Regra geral, repito.

Mais uma vez, belo post sobre uma temática sensível.

bjs
 
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